“e não serei aldeia - se puder ser mundo.”
- Pedro Chagas Freitas
Quem somos nós? Por
que estamos no mundo? De que é composta a matéria? Para onde vamos? Quem veio
primeiro, o ovo ou a galinha? O que você vai ser quando crescer? Quem está certo, Parmênides ou Heráclito? É melhor claro ou escuro? Objeto
direto ou indireto?
Que vivemos buscando respostas e fazendo
escolhas não é novidade para ninguém, mas será que estamos buscando as
respostas certas e chegando aos dilemas cruciais? Apesar de soar bonito, seria
uma completa inverdade dizer que o Artimanha surgiu assim, nessa busca pelas
perguntas certas a serem respondidas. Mas, foi do egoísmo humano somado à
necessidade de ter suas perguntas ouvidas que nasceu, no núcleo de uma
faculdade de Direito, um coletivo artístico.
Despretensiosos, a princípio, só
queríamos um espaço para fugir de tudo aquilo que nos rodeia: a norma. O texto
de lei, os princípios, as casualidades do processo, a teoria de fulano de tal
contraposta a do outro-que-diz-a-mesma-coisa-com-palavras-mais-prolixas; não...
Nada disso nos bastava! Muito pelo contrário, a angústia era tamanha que o
interesse em comum e o espírito pioneiro de uma professora bastaram para que
esse "espaço" tão desejado se formasse.
E, desde então, o coletivo foi
aos poucos deixando de lado seu caráter despretensioso e percebendo que fugir
dos problemas não é sempre a melhor das soluções, as vezes é preciso pegar na
mão do mundo e mostrar que junto é possível enfrenta-los. Nesse momento viramos
Artimanha. Do espanhol Artimaña, estratégia para enganar alguém para conseguir
algo.
Artimanha lembra tinhoso, que
significa diabo. Mas bobagem, não se trata de nada disso... No nosso contexto,
somos amigos, amadores e muito bem intencionados na proposta de enganar o
normativismo cultuado pelo jurídico para fazer dele um objeto alcançável. Nossa
estratégia, por sua vez, é a arte, em toda sua completude e subjetividade
desafiadora.
E do dia fez-se a noite e aos
meninos perdidos deu-se a bússola para que aprendessem a navegar e voltar pra
casa!
Portanto, começamos a mordiscar a casca que separa o acesso (linda e unicamente previsto no papel) do real e assumimos como objetivo tentar fazer a diferença e mostrar que sim, qualquer um pode falar de arte e que, sim! Mais uma vez, sim! É possível falar de Direito sem articular a mandíbula afim de exprimir, de maneira loquaz, vocábulos inquietantemente multifacetados sem sentido nenhum. Ou seja, é possível sim acolher as pessoas em seus direitos e deveres ao invés de afastá-las. Basta falar com mais carinho, palavras simples e boa vontade.
Portanto, começamos a mordiscar a casca que separa o acesso (linda e unicamente previsto no papel) do real e assumimos como objetivo tentar fazer a diferença e mostrar que sim, qualquer um pode falar de arte e que, sim! Mais uma vez, sim! É possível falar de Direito sem articular a mandíbula afim de exprimir, de maneira loquaz, vocábulos inquietantemente multifacetados sem sentido nenhum. Ou seja, é possível sim acolher as pessoas em seus direitos e deveres ao invés de afastá-las. Basta falar com mais carinho, palavras simples e boa vontade.
Visto isso, eis que surge aqui o
blog: uma esperança a mais para auxiliar nossos projetos e nossa tentativa -
agora pretensiosa - de acolher o mundo com mãos amigas (e sujas de tinta!).
Sejam todos bem vindos! Esperamos
que gostem.